Paisagem com mulher e mar ao fundo
Paisagem com mulher e mar ao fundo Portugal. O ultramar. Um retrato de Salazar e do país durante a ditadura. Uma mulher, mãe, que perde um filho na guerra colonial, a mais injusta e absurda de todas as guerras. A sua voz é a de todos os que, durante mais de quatro décadas, foram silenciados pelo poder do opressor. Publicado originalmente em 1982, este é um romance que importa revisitar para lembrar ao leitor que houve um tempo em que o mar era paisagem árida e Portugal um país que calava e obedecia.
-
PAISAGEM COM MULHER E MAR AO FUNDO
As personagens estão enredadas num jogo de forças subterrâneas. O fascismo, tal como nos surge neste livro, é uma figura (obviamente detestável) desse jogo de forças. Se, por um lado, isso o abstractiza (a referência é O.S.) de O(liveira) S(alazar) ,por outro revela-o a uma luz desconhecida na nossa ficção. Um dos aspectos mais curiosos é o modo como uma recusa sem ambiguidades da opressão se combina com uma consciência muito subtil da ambivalência das forças com que nos confrontamos. O livro introduz na polarização masculino/feminino uma complexidade que a letra do texto torna literalmente apaixonante.
EDUARDO PRADO COELHO, JORNAL DE LETRAS
Die lange Zeit der Resignation, das allmähliche Erwachen und der Akt der politischen Befreiung mit den jeweiligen subjektiven und persönlichen Folgeerscheinungen, all dies spiegelt sich in den Romanen von T.G. wider, und zwar in einer Art und Weise, die sich deutlich über die konkrete politische Lage Portugals zu erheben vermag. Die Autorin beschreibt, wie in einem zähen Entwicklungsprozess die über lange Zeit verinnerlichten beharrenden Kräfte und diejenigen des Aufbruchs und der Revolte immer wieder hart aufeinanderprallen, und sie zeichnet die beschwerlichen Wege der Befreiung und Öffnung in allen erdenklichen Bereichen von Gesellschaft,Kunst und Kultur in ihrer ganzen Vielfalt nach.
GESA HASEBRINK, DIE SCHWESTERN DER MARIANNE ALCOFORADO
Der neue literarische Diskurs versteht sich (bei T.G.) als Suche, welche die gewohnten Verbindungen der Sprache zur Realität aufbrechen soll. Auf diese Weise können soziale Konventionen, Autoritäten, Marginalisierungen und Entfremdungen hinterfragt und Wege zur Überwindung aufgewiesen werden. Die Romanen stehen zugleich in der Tradition des Subjektivismus und der Sozialkritik. Die Annäherung an die Aussenrealitaet dient der Verhinderung von Herrschaftsstrukturen, die nun von einer klaren, individuell gefestigten Position angegriffen werden können, deren Erforschung sich das subjektivische Interesse widmet.
HELMUT SIEPMANN, PORTUGIESISCHE LITERATUR DES 19. U. 20. JAHRHUNDERTS
-
Description text goes here